domingo, 1 de julho de 2007

Big Review ! HTC Excalibur / S620 testado e aprovado!



Se o segmento dos PocketPCs é muito aguerrido, com diversas marcas a apresentarem modelos para todos os gostos e feitios, já entre os Smartphones Windows Mobile a HTC praticamente não tem concorrentes.

Presente desde os momentos iniciais e não contando com a oposição de qualquer modelo proveniente de outra marca que tenha alcançado uma posição de relevo, seria natural que a HTC fosse dormindo sobre os louros conquistados e apresentando pequenas evoluções no conceito e na forma.

Com o HTC MTeOR, e em especial com o Excalibur a lançar brevemente (com designação HTC S620), a HTC deixa bem claro que não pretende entrar em velocidade de cruzeiro e que continua a investir na produção de terminais inovadores e avançado.

Já se sabia que seria uma questão de tempo até a HTC lançar um modelo, como este HTC Excalibur, para combater a popularidade crescente que o Motorola Q está a conquistar doutro lado do Atlântico e da investida tímida da Samsung com o SGH-i320.
Mas este terminal não pretende lutar taco a taco com a concorrência. O objectivo é mesmo cilindrá-la e tornar-se no líder incontestável do segmento.

Tendo em conta que, nos Estados Unidos a Motorola vende cerca de 500 Qs por dia (mesmo assim bem longe dos 5 milhões de RAZR vendidos até ao momento) como será o trunfo que a HTC tem na manga para assegurar a primazia neste segmento?
Na análise que se segue poderá conhecer todos os detalhes, fotos e experiências recolhidos ao longo de uma semana de utilização do HTC Excalibur.

Antes de começar a nossa mensagem de apreço para a entidade que nos cedeu o terminal para teste (e a devida autorização para o publicarmos) e à cadeia de lojas FNAC que emprestou os restantes terminais usados nas fotos comparativas (Nokia E61, etc).

Aspecto geral



Já há algumas semanas que circulavam fotos deste terminal, algumas delas comparativas, mas não era possível avaliar justamente a qualidade e funcionalidade geral do dispositivo.

A qualidade geral é impossível de transmitir em simples fotos. Ao contrário dos terminais lançados pela HTC até ao momento, o Excalibur vem revestido, quase integralmente, por uma composto que se assemelha a borracha acetinada.
Acabaram-se os inestéticos riscos e os deslizes acidentais da mão ou da mesa já que este novo tipo de revestimento se encontra a anos-luz do que hoje é aplicado a qualquer outro terminal.
Suave, agradável e sensual são os termos mais adequados para descrever o novo modelo da HTC.


A toda a volta há ainda um pequeno aro metalizado que lhe confere um ar sofisticado e distinto.

Botões, indicadores e deslizadores



O que não existe à volta são botões! Parece que a HTC gastou todos os botões no teclado e ficou apenas com um, colocado do lado esquerdo, que serve para ligar e desligar o dispositivo.
Depois, por muito que se rode o terminal nada há mais a assinalar, para além do inescapável conector inferior para alimentação, sincronização e ligação dos auriculares.

Não há mais botões, LEDs, slots para cartões de memória (não se preocupe que existe um), portas de infra-vermelhos ou entrada para auriculares.
É um terminal perfeitamente liso (lateralmente) mas que esconde uma das novidades da a HTC tinha na manga: o Strip-Dial.

Observando o terminal de cima é possível constatar a existência de inscrições do lado direito do aro que envolve o ecrã. Ao seu lado damos por falta de um pouco de revestimento que no fundo corresponde a uma fina película táctil que pode ser usada com o polegar direito que recebeu a designação de HTC JOGGR.

Em ambos os extremos desta tira existem ‘botões’, o de cima para activar o menu Start e o inferior para regressar ao ponto anterior (Back / Close / Cancel dependendo do ponto onde se encontra).
Deslizando o polegar na zona central para cima ou para baixo, irá seleccionar a opção / linha / ícone anterior ou posterior.
Durante uma chamada pode também usar este método para regular o som (mais alto ou mais baixo).

Uma solução fácil, simples e prática mas que requer que se pegue no terminal com algum cuidado para não o pôr a lançar todas as aplicações possíveis e imagináveis.

As soluções entretanto vistas em outros terminais baseados neste conceito, como é o caso do XDA Cosmo, são idênticas em termos de funcionalidade apesar de visualmente serem diferentes.
Houve quem optasse por dar uma ar de botão a estes elementos, prejudicando um pouco o design geral, mas oferecendo uma solução mais óbvia e tranquilizante para o utilizador final.



Também as luzes avisadoras foram escondidas neste caso no interior do auscultador posterior.
Existem dois LEDs, um superior que dá conta do estado actual do dispositivo (ligado, a carregar, etc) e o inferior que indica o estado da conectividade Bluetooth e WiFi.


O Teclado



Outra das novidades, entre os Smartphones HTC, é a inclusão de um teclado QWERTY, acompanhado do tradicional D-PAD, das teclas usuais encontradas num telemóvel.

O formato das teclas ao inicio poderá parecer um pouco estranho (aparentam ser cónicas) mas na realidade o seu formato peculiar evitar que carregue na tecla ao lado da que pretende.
O tacto é bom (sente-se mesmo que a tecla foi premida) e o espaço entre teclas adequadas.

O posicionamento das teclas numéricas, accionadas premindo primeiro a tecla azul existente no canto inferior esquerdo, permite que sejam usadas com uma única mão.


O Display



O ecrã de 2,2 polegadas é idêntico ao usado no HTC MTeOR mas desta vez disposto horizontalmente e dispõe de uma resolução de 320 x 240 pixels.

A combinação Windows Mobile 5 e ecrã QVGA dita que o ecrã seja de 131 dpis o que resulta numa melhor qualidade gráfica, textos bem delineados e o fim do aspecto dentado dos elementos.



Mesmo não oferecendo o detalhe conseguido com os ecrãs VGA, o que equipa os HTC MTeOR e Excalibur sobe bastante a fasquia em termos de qualidade, possibilitando a utilização de tamanhos de letra mais pequenas sem que isso implique alguma dificuldade na leitura.

O brilho é mais do que suficiente para utilização em interior mas sob luz directa do sol não há milagres. É necessário encontrar a melhor posição de forma a evitar o reflexo do vidro protector do ecrã para se conseguir ler o que é apresentado.


Conector inferior

A HTC continua a optar pelo conector Enhanced/Extended Mini USB (EMU) já encontrado em outros modelos da marca.



Este conector, serve para ligar o cabo de sincronização, o alimentador de corrente e também o auricular.
Novidade é a existência de um segundo conector, de 2,5 mm que poderá vir a ser usado para ligar uns auriculares ‘normais’ e a tampa de protecção, em borracha, do conjunto.

Slot de expansão microSD

Depois de rodar diversas vezes o dispositivo, observando-o com bastante atenção, não conseguimos vislumbrar o slot de expansão.



Podera, este encontra-se escondido debaixo da tampa da bateria !

Se a localização, à primeira vista, parece ser problemática na realidade revela-se uma solução bem acertada. O minúsculo cartão fica protegido dos elementos naturais e de deslizes acidentais, e pode ser mudado em qualquer momento já que a remoção da tampa de bateria não implica que o dispositivo se desligue.
Em todo o caso um travão que impeça a bateria de se soltar quando a tampa está aberta seria bem-vindo.


Slot para o cartão SIM

O cartão SIM é inserido na parte superior do compartimento da bateria ficando quase completamente coberto.



O sistema de inserção / remoção auxiliado por uma mola interna nem sempre reage bem, recusando-se a aceitar um dos quatro cartões que utilizamos neste teste.

Neste caso foi necessário amparar o cartão com a bateria para evitar que este saltasse quando a tampa estivesse aberta.
Em todo o caso afigurou-se como um problema no cartão, que já tem alguns anos e se encontrava ligeiramente encurvado, e não do dispositivo.
As instruções para inserir ou remover o cartão estão impressas no fundo do compartimento da bateria de forma a evitar um mau manuseamento do dispositivo.

Bateria

A utilização de um processador pouco guloso, como é o caso do TI OMAP 850 a 201 MHz, permite que se opte por baterias com menor capacidade, e consequentemente com um volume menor.
A bateria de 960 mAh fornecida é mais do que suficiente para garantir uma boa autonomia carregando completamente em menos de 3 horas.


Acessórios

A versão recebida é bastante parca em acessório oferecendo apenas o essencial: um cabo de sincronização, um conjunto de auriculares com conector EMU e um carregador eléctrico.
Em abono da verdade diga-se que este último nunca foi usado já que o cabo de sincronização serve também para carregar o Excalibur a partir do computador de secretária, tarefa que é realizada em duas ou três horas (de carga mínima a carga máxima).

Uma bolsa para o cinto (modelo HTC-296) poderá vir a estar disponível como opcional já que os testes realizados pela FCC não se cingiam apenas ás radiações emitidas quando em conversação mas também quando o terminal se encontrava guardado nessa bolsa.

Utilização

O HTC Excalibur não só é bastante mais pequeno que os terminais concorrentes como também apresenta uma espessura muito reduzida.
É o terminal perfeito para andar no bolso das calças já que é bastante robusto, leve e compacto.




O principal adversário será seguramente o Nokia E61 já que os dispositivos similares apresentados por outras marcas dificilmente alcançaram um volume de vendas comparável.

Relativamente ao modelo da Nokia é evidente que o ecrã do Excalibur não consegue debater-se de igual para igual, apresentando uma resolução menor e um brilho inferior.
Falta-lhe também a porta de infravermelhos e o suporte para redes 3G, mas de resto a vantagem está do lado da HTC.
Conectividade WiFi, o sistema Strip-Dial, a câmara fotográfica integrada, o slot microSD são alguns dos aspectos em que o HTC Excalibur se destaca relativamente ao Nokia.



Apesar da Microsoft apontar a plataforma Smartphone para a utilização usando uma única mão, essa será uma tarefa difícil de realizar na sua totalidade.
O teclado mesmo sendo bastante compacto, obriga a uma amplitude de movimentos significativa sendo bastante complicado segurar o dispositivo e premir, ao mesmo tempo, as teclas que se encontram no canto inferior direito.

O Strip-Dial é bastante útil mas não alcança a funcionalidade de um Jog-Dial. Requer alguma habituação e a falta de feedback táctil deixa na dúvida se o comando foi ou não realizado.
Depois de algum tempo a sua utilização passa a ser fácil e intuitiva.

Onde tudo começa



O ecrã Hoje, tal como acontece com os PocketPCs, é o ponto de partida para a utilização deste terminal, destacando-se de imediato um plug-in quer dá conta do estado do WiFi.

Esta é uma das grandes novidades da plataforma Smartphone Windows Mobile, o suporte para conectividade WiFi, principalmente num altura em que a concorrência, leia-se Nokia, começa a dotar os seus terminais de gama média/alta com esta tecnologia.

È logo neste ponto que é possível constatar a facilidade proporcionada pela navegação usando o JOGGR. Com movimentos rápidos do polegar é possível seleccionar uma das aplicações em execução ou um dos plug-ins que nos levam até módulos específicos.

O Windows Mobile 5 simplificou, quando comparado com as versões anteriores, o método de acesso aos perfis, mensagens, lista de chamadas, etc.
Mesmo usando a versão do ecrã Hoje (que pode ser totalmente personalizado tal como acontece nos PocketPCs) é possível aceder fácil e rapidamente aos elementos chave do terminal.


Software base


Em termos de software o HTC Excalibur vem bem apetrechado apesar de haver algumas lacunas como será possível constatar mais adiante.

O primeiro destaque vai para o conjunto de aplicações da ClearVue que permitem consultar os mais populares formatos de ficheiros do Microsoft Office – Word, Excel e Powerpoint - assim como documentos em formato PDF.
Não existe a possibilidade de os editar mas aparentemente não foi esse o objectivo da HTC. Pretende-se apenas assegurar que o utilizador poderá consultar os documentos que vêm anexados a mensagens de correio electrónico.

A originalidade deste terminal, ou seja a inclusão de um teclado QWERTY num smartphone, joga contra si neste ponto já que não é razoável admitir que alguém esteja interessado em criar ou modificar um documento Word ou Excel usando o tradicional teclado numérico encontrado na esmagadora maioria dos telemóveis.
A lacuna, tal como outras que aparecerão ao longo desta análise, está na abordagem que a Microsoft fez ao segmento quando concebeu o Windows Mobilem para Smartphone quando não considerou as necessidades dos terminais com teclados QWERTY (integrados ou por ligação sem fios).
A resposta poderá vir da florescente indústria informática que certamente não deixará de propor aplicações que venham colmatar estas lacunas agora que em termos de especificações e desempenho as duas plataformas Windows Mobile estão tão aproximadas.

De seguida temos a tendência nata para a utilização da Internet ao ser propostos todos os módulos normalmente encontrados nos computadores de secretária: Browser, Gestor de Correio Electrónico, Messenger (Pocket MSN) e suporte para Midlets JAVA.


Próprios de um telemóvel são a lista de chamadas (efectuadas, recebidas, perdidas, etc), a marcação rápida por botões ou por voz.
Os diversos modos de conectividade podem ser activados, ou desligados, usando o Comm Manager (que também é acessível a partir do ecrã Hoje) e o terminal ainda pode ser configurado para actuar como um modem externo (Internet Sharing) para computadores portáteis ou de secretária.


As funcionalidades multimédia estão também presentes através do inevitável Windows Media Player e o módulo herdado dos PocketPCs eu permite gerir fotos e vídeos.
A câmara fotográfica digital integrada pode ser usada para tirar fotos ou gravar vídeos.

Por fim há ainda a personalização do terminal e os módulos habituais destinados à gestão pessoal como os contactos, calendário, tarefas e notas.
Aqui está também uma das grandes lacunas do Windows Mobile, se não for mesmo a maior, já que não existe uma aplicação nativa para tomas notas escritas (apenas verbais).
Possuindo um ecrã suficientemente grande, uma resolução gráfica muito satisfatória e um teclado QWERTY e a única forma encontrada de conseguir tomas notas escritas foi criando uma mensagem e gravá-la na pasta de drafts para que não fosse enviada.
Uma lacuna a ser corrigida no modelo de venda ao público, seja pela própria HTC, seja por terceiros.

De seguida temos a tendência nata para a utilização da Internet ao ser propostos todos os módulos normalmente encontrados nos computadores de secretária: Browser, Gestor de Correio Electrónico, Messenger (Pocket MSN) e suporte para Midlets JAVA.


Próprios de um telemóvel são a lista de chamadas (efectuadas, recebidas, perdidas, etc), a marcação rápida por botões ou por voz.
Os diversos modos de conectividade podem ser activados, ou desligados, usando o Comm Manager (que também é acessível a partir do ecrã Hoje) e o terminal ainda pode ser configurado para actuar como um modem externo (Internet Sharing) para computadores portáteis ou de secretária.


As funcionalidades multimédia estão também presentes através do inevitável Windows Media Player e o módulo herdado dos PocketPCs eu permite gerir fotos e vídeos.
A câmara fotográfica digital integrada pode ser usada para tirar fotos ou gravar vídeos.

Por fim há ainda a personalização do terminal e os módulos habituais destinados à gestão pessoal como os contactos, calendário, tarefas e notas.
Aqui está também uma das grandes lacunas do Windows Mobile, se não for mesmo a maior, já que não existe uma aplicação nativa para tomas notas escritas (apenas verbais).
Possuindo um ecrã suficientemente grande, uma resolução gráfica muito satisfatória e um teclado QWERTY e a única forma encontrada de conseguir tomas notas escritas foi criando uma mensagem e gravá-la na pasta de drafts para que não fosse enviada.
Uma lacuna a ser corrigida no modelo de venda ao público, seja pela própria HTC, seja por terceiros.

De seguida temos a tendência nata para a utilização da Internet ao ser propostos todos os módulos normalmente encontrados nos computadores de secretária: Browser, Gestor de Correio Electrónico, Messenger (Pocket MSN) e suporte para Midlets JAVA.


Próprios de um telemóvel são a lista de chamadas (efectuadas, recebidas, perdidas, etc), a marcação rápida por botões ou por voz.
Os diversos modos de conectividade podem ser activados, ou desligados, usando o Comm Manager (que também é acessível a partir do ecrã Hoje) e o terminal ainda pode ser configurado para actuar como um modem externo (Internet Sharing) para computadores portáteis ou de secretária.


As funcionalidades multimédia estão também presentes através do inevitável Windows Media Player e o módulo herdado dos PocketPCs eu permite gerir fotos e vídeos.
A câmara fotográfica digital integrada pode ser usada para tirar fotos ou gravar vídeos.

Por fim há ainda a personalização do terminal e os módulos habituais destinados à gestão pessoal como os contactos, calendário, tarefas e notas.
Aqui está também uma das grandes lacunas do Windows Mobile, se não for mesmo a maior, já que não existe uma aplicação nativa para tomas notas escritas (apenas verbais).
Possuindo um ecrã suficientemente grande, uma resolução gráfica muito satisfatória e um teclado QWERTY e a única forma encontrada de conseguir tomas notas escritas foi criando uma mensagem e gravá-la na pasta de drafts para que não fosse enviada.
Uma lacuna a ser corrigida no modelo de venda ao público, seja pela própria HTC, seja por terceiros.

Extras



Para além dos módulos acima descritos ainda existem algumas aplicações adicionais, como a calculadora ou gestor do cartão SIM, e ainda um conjunto de aplicações próprias da HTC, e que não foram ilustradas nesta análise já que não integrarão o modelo de venda ao público, que servem para facilitar os testes a efectuar durante os processos de certificação.

O Download Agent está presente, tal como acontece com os PocketPCs, permitindo, em teoria, a actualização automática do sistema operativo sempre que isso se justificar.
A certificação e ligação deste tipo de terminais ás operadoras telefónicas móveis acaba por ser importante neste ponto, já que esta funcionalidade deveria ser activada e gerida por elas

Personalização



A personalização do terminal é bastante completa apesar de se sentir a ausência, por exemplo, de um modo de escolher os plug-ins apresentados no ecrã Hoje.

De resto é o que se pode encontrar normalmente num telemóvel mas com o cunho Microsoft, isto é, segundo uma lógica informática.
Alguns dos módulos pouca flexibilidade oferecem, como o Home Screen ou o Power Management, pelo menos para quem está habituado a ter liberdade total nos PocketPCs.

No fundo pouco há a registar, o Excalibur oferece um grau de personalização regular para o segmento em que se insere.

Continua....

0 comentários: