segunda-feira, 30 de maio de 2011

WWDC: Falta apenas uma semana para conhecermos o futuro iOS

Em suas últimas edições, a WWDC (conferência de desenvolvedores dos sistemas Mac OS e iOS) foi o acontecimento Apple mais importante do ano, por apresentar, além das novidades do sistema operacional, sempre um novo modelo de iPhone. Este ano será diferente, pois provavelmente não será apresentado nenhum novo aparelho, voltando ao seu conceito inicial: um evento voltado exclusivamente para software.
E como sempre, você terá a cobertura completa de todo o evento no Blog do Iphone.
Na segunda que vem, deveremos conhecer finalmente o que a Apple preparou para equipar nossos iGadgets nos próximos meses, com a apresentação de todas as novas funções que virão no iOS 5. E como o próximo iPhone não deve sofrer muitas mudanças externas, acredita-se que Steve Jobs e sua equipe tenham se esforçado para que o futuro sistema traga novidades marcantes para manter os seus dispositivos ainda a frente do gosto popular.
Mas “apresentação” não significa “lançamento”. Quem está esperando instalar no seu aparelho o novo iOS ainda em junho, como geralmente acontece, é melhor não ficar com tantas expectativas. Um novo sistema precisa de alguns meses de testes entre desenvolvedores e por isso, uma versão beta costuma circular entre eles durante 2 meses. Só assim a transição entre um sistema e outro não prejudica os atuais aplicativos (e ninguém quer que aquele jogo que custou $9,99 deixe de funcionar de repente só por causa de uma atualização).
Por isso, a Apple deve nos mostrar as novidades na segunda-feira, mas lançar a versão pública final somente em setembro. Apesar disso, o Blog do iPhone, como sempre faz, vai tentar colocar as mãos nele antes, para trazer para vocês todas as novidades. ;)
Atraso no lançamento do iOS significa também adiamento de um novo modelo de iPhone. A versão 5 do celular da Apple não deve ser anunciada agora, pois não seria lógico (pelo menos não para a Maçã) lançar um novo aparelho sem um novo sistema. É bem verdade que o novo iPad foi lançado assim, mas o iPhone sempre foi o produto principal da empresa e apresentar um aparelho novo com o sistema velho pode ser prejudicial para o impacto de vendas.
Não se sabe ainda quem apresentará a keynote de abertura (provavelmente será Steve Jobs) e nem se haverá transmissão ao vivo em vídeo, como no ano passado, mas seja como for, teremos a cobertura completa, em português, de tudo o que acontecer por lá, como sempre acontece, diretamente no Blog do Iphone. Vamos aguardar...
Agradecimentos e créditos: Blog do Iphone

domingo, 29 de maio de 2011

Mac Society: “Think Different”


É interessante pensar sobre como o memorável slogan Think Different, datado de 1997, se tornaria sempre tão fiel às estratégias criadas pela Apple nas últimas décadas, detendo uma importância raramente vista em campanhas que tentam representar o conceito de suas respectivas marcas.
Enquanto empresas tradicionais de tecnologia centralizam seus esforços em espremer dentro de um programa tudo o que um processador seria capaz de aguentar (se aguentar), os engenheiros de Cupertino seguiram numa direção oposta. Veja o Windows ou a suíte Office: “Elefantes Brancos” caros, pesados e repletos de recursos que você nem mesmo saberá para que servem. A contrapartida da Apple se limita a entregar algo mais próximo ao cotidiano de seus usuários.
Quer o reflexo disso em números? Um histórico de preços de softwares para PC muito além do razoável para um assalariado, que dificilmente chegavam a menos de R$500 para um produto original, mais uma vez para poucos, pois a imensa maioria não pagaria mais do que R$10 por uma boa e confiável cópia pirata. Agora responda: você conhece todos os recursos do seu sistema operacional?
Pensar um produto a partir da experiência do usuário é dar valor ao que realmente importa para ele, o que Steve Jobs chamaria de “o jeito certo de fazer as coisas”. Enquanto isso, outras fabricantes se concentravam num dispendioso processo egocêntrico de desenvolvimento usando força bruta, como martelar uma bola de ferro até que ela se tornasse um processador.
Em um aplicativo produzido pela Apple, as perguntas que prevalecem são:
  • Do que o usuário vai precisar?
  • Qual o primeiro lugar onde ele procurará este determinado recurso?
  • Qual a forma mais simples de entregar esta função?
E, somente depois de respondidas essas perguntas, viria outra:
  • De qual hardware precisamos para realizar estas tarefas?
Isso se reflete de forma bastante prática para quem migra do Windows para o Mac OS X ou iOS (que serão misturados no Lion). Para quem atravessou essa experiência, o sentido da pergunta acima sobre você conhecer todos os recursos do seu sistema operacional é muito mais próximo da realidade. Isso é um fato.
Acho realmente divertido reparar na expressão das pessoas quando eu explico que, para instalar um novo programa no Mac, é só colocá-lo na pasta Aplicativos ou que — melhor ainda — para deletá-lo eu o arrasto para o Lixo. A reação é de uma espécie de congelamento facial, uma expressão serena de paisagem. Acredito que seja a mesma expressão de um usuário de Apple TV quando resolve mexer nos 17 controles remotos na casa de alguém para executar a tarefa (hipoteticamente) simples de escolher um canal de TV a cabo. Impagável.
Controles antigos de televisão
Quem nunca ficou perdido estudando-os para tentar simplesmente ligar a TV dê um passo à frente!
O resultado não poderia ser melhor. A Apple descobriu, por exemplo, que uma fração do código operacional de um sistema como o Windows ou de um processador de ponta seria capaz de entregar ao usuário todas as suas funções mais necessárias. E é aí, caro leitor, que a mágica da Apple se torna perceptível, refletindo-se em preços, produtos, simplicidade, experiência, fascínio.
Exemplo disso é o esforço monumental das concorrentes em tentar entregar dispositivos que se aproximem da experiência simples e genial de produtos como iPods, iPhones ou iPads, mesmo considerando suas gerações anteriores. Como meu exemplo pessoal, tenho ainda um iPhone de primeira geração que, apesar de sequer receber atualizações, ainda é melhor do que 90% dos celulares espalhados numa típica mesa de bar, o que já lhe rendeu o carinhoso apelido de Yoda — ou iOda, como preferir.
Yoda ouvindo um iPod
Em meu iPod, música para meditação excelente é ouvir

Essas experiências de uso intuitivo ficam divertidamente interessantes ao ver uma criança de três anos, acostumada com seu iPad, tentando desesperadamente passar para a próxima foto com o dedo na tela do notebook do avô — aliás, nada feliz com as marcas de dedo, devo acrescentar.
Para qualquer um hoje é absurdo perguntar qual processador um iPod usa (sim eles têm processador, já tinha parado pra pensar?), e com isso se ele serve ou não para ouvir determinada música. Acredite: em poucos anos, iPhones, iPads e iMacs alcançarão este mesmo nível. Perguntas sobre configurações vêm certamente do legado que recebemos dos PCs e suas infinidades de configurações. Tais perguntas fazem cada vez menos sentido.
Seus netos certamente acharão graça em suas histórias de infância, de quando enfrentava filas numa loja para comprar um novo sistema operacional ou se preocupava com upgrades de processador. A informática estará cada vez mais invisível à nossa percepção, colocada no seu devido lugar, com sua devida importância.


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