terça-feira, 26 de julho de 2011

Explosão de dados: Total de bytes no mundo dobra a cada 2 anos

Relatório da IDC prevê que o crescimento vai desafiar empresas, profissionais e prestadores de serviço; papel da nuvem será fundamental.

A quantidade de dados produzida e replicada dobra a cada dois anos em todo o mundo, o que traz novos desafios para os gestores de TI, aponta um estudo recente.
Até o fim de 2011, a previsão é que 1,8 zetabyte (ou 1,8 trilhão de gigabytes) de dados tenha sido criado e replicado, segundo a quinta edição do estudo IDC Digital Universe, patrocinado pela fabricante de equipamentos de armazenamento de dados EMC.
Nesse ritmo, segundo o relatório, a "explosão de dados" - que é como o estudo se refere a essa rápida expansão - vai ultrapassar de longe a Lei de Moore. Formulada pelo cofundador da Intel Gordon Moore, ela estabelece que o número de transistores em um chip dobra a cada dois anos, resultando em chips menores.
O estudo afirma que 1,8 zetabyte equivale a 57,5 bilhões de tablets iPad de 32 GB – uma quantidade de aparelhos suficiente para reconstruir a Grande Muralha da China com o dobro da altura da original.
Essa explosão de dados tem custado às empresas até 4 trilhões de dólares desde 2005, segundo o estudo - intitulado, este ano, de “Extracting Value from Chaos” (“Extraindo valor do caos”, em tradução livre).
Esses investimentos foram aplicados em serviços de nuvem, hardware, software e profissionais.
Desafio
O crescimento “colossal” em geração de dados, afirma o relatório, tem apresentado uma desafio para os departamentos de TI que, ao longo desta década, serão responsáveis por pelo menos 10 vezes o número de servidores virtuais e físicos e 50 vezes a quantidade de informação gerenciada.
O IDC afirma que “o ferramental, a experiência e os recursos para gerenciar o dilúvio de dados simplesmente não acompanham todas as áreas de crescimento”. Em 2020, os departamentos de TI terão de lidar com 150% mais profissionais de TI para serem capazes de gerenciar a explosão de dados.
Mesmo assim, para todo desafio há oportunidades.
“O volume caótico de informação que continua a crescer de forma implacável apresenta uma quantidade infinita de potenciais transformações sociais, tecnológicas, científicas e econômicas, todas capazes de impulsionar oportunidades”, avalia Jeremy Burton, principal executivo de marketing da EMC.
Nuvem
Uma dessas áreas de oportunidade é a computação em nuvem. A IDC estima que, em 2015, aproximadamente 20% da informação será, de alguma forma, “tocada” pela cloud computing., ou que alguma parte da informação seja, de alguma forma, armazenada e processada em um ambiente de nuvem. Até 10% da informação será mantida na nuvem.
O relatório afirma que a computação em nuvem – seja pública, privada ou híbrida – possa dar às empresas a economia de escala, agilidade e flexibilidade para gerenciar o crescimento de dados. “No longo prazo, esta será uma ferramenta chave para lidar com a complexidade do universo digital”, conclui o relatório.
Créditos ao IDGNow

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