O iPad vendido no Brasil possui os impostos mais altos do mundo, com a carga tributária representando 42,2% do preço de venda.
É o que aponta uma pesquisa com 22 países feita pela UHY, uma multinacional inglesa de consultoria na área de contabilidade.
De acordo com os dados dos pesquisadores, o Brasil tem uma taxação 2,8 vezes maior que a média mundial de 14,8% e mais de 10 pontos percentuais à frente da Índia, que está em segundo lugar com 31,5%.
Foram levados em conta diversos impostos, incluindo taxas de venda, de valor adicionado, de vendas municipais, de importação, entre outras.
Lançado no Brasil na última semana, o iPad 4 ficou mais caro que seu antecessor e tem preços a partir de R$ 1.750.
Nos Estados Unidos, onde o iPad recebe apenas 5,7% do valor de venda em impostos, o tablet custa US$ 499 – mesmo preço cobrado desde a primeira versão lançada em 2010.
As cifras averiguadas pela UHY estão em linha com as divulgadas pela Folha de São Paulo em maio de 2011, quando o jornal paulista calculou o peso da carga tributária nos iPads em 51% do valor total.
Para os leitores otimistas, a queda da carga tributária nos iPads entre as duas pesquisas pode ser atribuída à fabricação nacional dos aparelhos, já que a alíquota do imposto de importação averiguada pela Folha na época era de 16%.
Na época do lançamento dos primeiros iPads made in Brazil não houvesse variação no preço de tabela da Apple, contrariando promessas de quedas de 30 a 40% feitas pelo então ministro de Ciência e Tecnologia, Aloízio Mercadante.
Já os leitores pessimistas podem preferir apostar que a carga tributária brasileira é tão complexa e multifacetada que é perfeitamente possível duas pesquisas apontarem dois valores diferentes para o custo das taxas sobre o mesmo item.
Fonte: Baguete
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